sábado, 10 de novembro de 2012

Região Norte - Costumes, religião e sotaques


Costumes
A Região de origem indígena, não sofreu influência dos imigrantes estrangeiros. Belém, Amazonas, Parintins, possuem os mais belos espetáculos folclóricos do País, que representam as lendas da região. Manaus guarda a memória áurea da extração da borracha, seus rios e florestas dominam a paisagem. A Região Norte é uma aventura temperada pela exótica comida e costumes típicos. Comida bem Brasileira, Castanha do Pará é encontrada no município de Marabá, no Pará. É conhecida por todo o Brasil e no Exterior como Brasil Nut. Açaí - o açaizeiro é uma das Palmeiras mais típicas do Pará e sua importância alimentar é imensa no Estado. Chega a ser a principal refeição das classes populares. Cupuaçu - É facilmente encontrado no Estado do Maranhão, pode aparecer também no baixo Tocantins, nos bosques virgens de Itaituba e no Rio Anapu. Fruta consumida dentro da culinária, na forma de sucos, sorvetes, cremes, doces, geléias, licores, etc. 
FOLCLORE
· Iara: Os cronistas dos séculos XVI e XVII registraram essa história. No princípio, o personagem era masculino e chamava-se Ipupiara, homem peixe que devorava pescadores e os levava para o fundo do rio. No século XVIII, Ipupiara vira a sedutora sereia Uiara ou Iara. Todo pescador brasileiro, de água doce ou salgada, conta histórias de moços que cederam aos encantos da bela Uiara e terminaram afogados de paixão. Ela deixa sua casa no fundo das águas no fim da tarde. Surge magnífica à flor das águas metade mulher, metade peixe, cabelos longos enfeitados de flores vermelhas. Por vezes, ela assume a forma humana e sai em busca de vítimas. Quando a Mãe das águas canta, hipnotiza os pescadores. Um deles foi o índio Tapuia. Certa vez, pescando, Ele viu a deusa, linda, surgir das águas. Resistiu. Não saiu da canoa, remou rápido até a margem e foi se esconder na aldeia. Mas enfeitiçado pelos olhos e ouvidos não conseguia esquecer a voz de Uiara. Numa tarde, quase morto de saudade, fugiu da aldeia e remou na sua canoa rio abaixo. Uiara já o esperava cantando a música das núpcias. Tapuia se jogou no rio e sumiu num mergulho, carregado pelas mãos da noiva. Uns dizem que naquela noite houve festa no chão das águas e que foram felizes para sempre. Outros dizem que na semana seguinte a insaciável Uiara voltou para levar outra vítima. *Origem: Européia com versões dos Indígenas, da Amazônia.

· A cobra grande É uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico. Conta a lenda que em numa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna (Cobra-grande, Sucuri), deu à luz a duas crianças gêmeas que na verdade eram Cobras. Um menino, que recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de Maria. Para ficar livre dos filhos, a mãe jogou as duas crianças no rio. Lá no rio eles, como Cobras, se criaram. Honorato era Bom, mas sua irmã era muito perversa. Prejudicava os outros animais e também às pessoas. Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la para pôr fim às suas perversidades. Honorato, em algumas noites de luar, perdia o seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra. Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que alguém tivesse muita coragem para derramar leite na boca da enorme cobra, e fazer um ferimento na cabeça até sair sangue. Ninguém tinha coragem de enfrentar o enorme monstro. Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar Honorato da maldição. Ele deixou de ser cobra d'água para viver na terra com sua família. Origem: Mito da região Norte do Brasil, Pará e Amazonas

· Vitória Régia Os pajés tupis-guaranis, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava em estrela do Céu. Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou impressionada com a história. Então, à noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo céu, Ela querendo ser transformada em estrela, subia as colinas e perseguia a Lua na esperança que esta a visse. E assim fazia todas as noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la e dava para ouvir seus soluços de tristeza ao longe. Em uma noite, a índia viu, nas águas límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais foi vista. A lua quis recompensar o sacrifício da bela jovem, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente, daquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", que é a planta Vitória Régia. Assim, nasceu uma planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.Origem: Indígena. Para eles assim nasceu a vitória-régia.

Religião
Religião no Norte: A religião é predominantemente católica, seguida pela evangélica e pentecostais. O povo tem muita fé nas festas populares. No norte do Brasil há o Festival Folclórico de Parintins, que tem um sentido religioso, pois os bois-bumbás Garantido e Caprichoso teriam surgido a partir de promessas de seus fundadores a São João Batista, o primeiro amo do boi branco prometeu colocar o boi para dançar se ficasse curado de uma grave enfermidade, e o primeiro amo do boi negro prometeu fazer o mesmo se prosperasse na nova terra.

Sotaques
Nessa região há pelo menos dois sotaques de destaque: o tradicional, utilizado pela maioria dos habitantes da área, nas duas maiores cidades (Belém do Pará e Manaus), totalmente em 4 dos 7 estados da região (Acre, Amazonas, Roraima e Amapá) e parcialmente em 1 (Pará); e há um sotaque derivado de misturas dse nordestino, mineiro, capixaba, goiano e gaúcho, utilizado pelos “imigrantes de 70″ e seus descendentes, na região sudeste do Pará (região de Carajás), no Estado de Rondônia e no Estado de Tocantins.
Tradicional: Tem como símbolo o correto emprego de verbos na segunda pessoa do verbo, exemplo: “tu fizeste”,”tu és”, “tu foste”, “tu chegaste”, além do “r” e “s” como de carioca, “d” com som de “dj” e “t” com som de “tch”, tendo como fama também uma pronúncia mais clara. Também tem o som de “l” e “li” palatalizado, como “famílhia” (família) ou “palhito” (palito).
Sotaque do Arco do Desflorestamento: Não é tão bem definido como outros, justamente por sua peculiaridade de formação, porém tem marcante o uso do “s” como o do sotaque paulista, entre outras peculiaridades. Esse sotaque existe no sudeste do Pará, em Rondônia e no atual Tocantins desde meados da década de 70, quando houve uma maciça migração desordenada de nordestinos, goianos, sudestinos e sulistas para a região, atraídos com a descoberta da maior reserva mineralógica do planeta (em Carajás, no Pará) e pela oferta de terras baratas e acessíveis em abundância.

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